Coluna do Astronauta Pinguim – Rei Magro Produções

Cowboy Espiritual

Não é segredo para ninguém que nunca gostei do que chamam de “rock gaucho”. Bom, pelo menos do termo, que acaba englobando varias bandas de diferentes estilos em uma nomenclatura que os une apenas pela localização geografica. Bom, mesmo assim, fiz um disco chamado “Petiscos: sabor churrasco” onde fiz versões instrumentais para algumas musicas de artistas gauchos que gosto. Mas nunca fui fã de bandas idolatradas do meu estado de origem. Nunca tive discos ou mesmo vi nada de interessante em Cascaveletes e TNT, por exemplo. Espero não ser mal interpretado aqui, mas estou falando do meu gosto pessoal. Se alguém se sentir ofendido – e as vezes acontece quando se lida com uma religião cega como esta – problema é unica e exclusivamente seu.

Enfim, tive que começar este texto desta forma por se tratar deste assunto, o tal “rock gaucho”. Se fosse outro qualquer escreveria o que bem intendesse sem ter que começar me explicando…

Enfim, o fato aqui é que ontem fui no Opinião, no projeto Segunda Maluca, num evento que estava comemorando os 16 anos da Rei Magro Produções, empresa capitaneada quixotescamente – mas com maestria – por Marcio Ventura, um dos grandes batalhadores na cena musical porto-alegrense. E um dos shows ontem era de uma grande figura, um dos compositores que mais gosto dos made in RS e que não vejo ligação nenhuma com o tal “rock gaucho” (embora ele mesmo use e goste de usar este termo que, na minha opinião, além de não demonstrar a grandeza da sua obra, o coloca numa posição chata, encravado no Rio Grande do Sul sem maiores possibilidades de conquistar este pais imenso). Estou falando de ninguém mais ninguém menos que o meu segundo artista preferido destes pagos gauderios, Julio Reny (o primeiro é meu grande mestre Jimi Joe, que ontem estava presente no show, acompanhando a outra atração da festa, os Darma Lovers e que ja atuou ao lado do Julio em varias oportunidades).

O show do Julio foi sensacional, como sempre, o cara ta com uma banda boa – sempre esteve – e aparentemente numa boa fase de sua vida, com disco para ser lançado mes que vem. O repertorio não incluia nem metade de suas otimas composições, mas se fosse assim, o show teria umas 3, 4 horas de duração! O unico senão aqui e que conclui o porque do meu “manifesto” no inicio do texto é o apego a este tal de rock gaucho por parte do Julio. Creio que, a partir do momento que ele não se declarar um “praticante deste estilo”, se desligar do termo, assim como eu fiz e faço declaradamente desde muito tempo atras, as coisas melhorarão para ele em termos de conquistas fora do RS. Fica aqui então o meu apelo: Julio vamos la, as artes nacionais precisam de ti, vamos ganhar, não pelo cansaço, mas pela insistencia! Declare-se compositor universal e conquiste o que é teu, homem! Tu e o mundo só tem a ganhar com isso!

Acesse: www.myspace.com/astronautapinguim

Coluna Número 1

COLUNA DO PINGUIM
Astronauta Pingüim*

E ai, tudo certinho com vocês?

Bom, seguinte, o Marcio Ventura, meu amigo de longa data e companheiro de banda (Arnaldos), conhecido por muitos como “Rei Magro”, pediu para que eu colaborasse com uma coluna no site dele e esta vai ser a primeira de muitas que pretendo escrever por aqui. Ele me pediu para a minha coluna ser sobre musica (sobre culinária que não ia ser), mas como não sou obediente às regas que impostas, vou escrever sobre assuntos gerais, o que me der na telha. Por acaso esta minha primeira coluna é sobre musica. Por acaso, por acaso…

Bom, nada melhor do que uma boa e velha discussão para começar o ano. E relembrar alguns amigos. A discussão é por conta da velha questão: o que é melhor, CD ou vinil… Ih, isso já deu muito pano para manga. Não é segredo algum que eu gosto de instrumentos analógicos, vintage e tal. Eles tem realmente uma sonoridade melhor comparados com os instrumentos digitais. Mas daí a preferir o vinil, não sei não… Sou da geração que ainda comprou muito vinil, minha infância e adolescência foram ouvindo discos de vinil. Tive, como muitos outros, uma coleção enorme de discos de vinil, que vendi com o aparecimento e posterior popularização do CD. Vendi e muitos dos discos que eu tinha ainda não consegui readquirir em CD. Alguns nem foram relançados em CD ainda. Claro que fiquei triste, passado algum tempo, por ter feito tamanha patolada. mas não arrependido. Na verdade eu prefiro ter os discos reeditados em CD.Para mim o vinil tem de vantagem, comparado com o CD, basicamente a capa. Claro que os puristas dizem que o som é melhor, a resposta de frequências graves do LP são maiores. E eu pergunto, será que estes mesmos puristas do “som de vinil” TÊM aparelho decente para ouvir seus LPs? A grande maioria não, garanto. E, poxa, sou produtor fonográfico, trabalho em estúdio praticamente metade da minha vida, trabalho analisando freqüências dos discos que produzo e digo com todas as letras que, se o cara que ta ouvindo o LP não tiver um toca-discos decente, não adianta teorizar que os graves do Lp e bla bla bla que comigo não rola. Não tendo um aparelho bom, a única coisa que o Lp vai ter a mais do que o CD vai ser chiado. A capa sim, isso é uma grande vantagem, tu ver por exemplo uma capa do terceiro disco do Deep Purple, com uma reprodução de um quadro de Hieronymus Bosch num LP, com detalhes, é bem melhor do que a reedição em CD, com apenas um quarto do tamanho. Isto sim, é uma vantagem. Então, prefiro o CD. Não tenho um bom aparelho toca-discos em casa. Prefiro os meus CDs, com bônus, mais informações no encarte, fotos inéditas. Poxa, acabo de readquirir a coleção completa dos DOORS (de barbada, no balaio de uma grande loja de discos e instrumentos de Porto Alegre) cheio de bônus e infos extras sobre a gravação. Como vou preferir os LPS?

Bom, deu para este assunto. Outra coisa que quero falar sobre nesta primeira coluna no site do Rei Magro é lojas de discos legais. Vou tentar, sempre que viajar para algum lugar diferente, conhecer e dizer para vocês as lojas tri que tem pelo mundo! Adoro lojas de discos, embora reconheça que elas estejam acabando. Mas existem alguns personagens que ainda mantém, aos trancos e barrancos, este tipo de comércio tão útil para nós, apreciadores de boa musica. Vou começar falando de duas lojas que conheço muito bem. Duas das lojas mais legais de Porto Alegre e de Novo Hamburgo, a Boca do disco, do meu amigo Getulio (rua Marechal Floriano Peixoto, 474, Porto Alegre – fone 51 3228 7053) e Jam sons raros (rua Marcilio Dias, 1066 , Novo Hamburgo – fone 51 3594 8825 ). Nossa, conheço o “professor” Getulio desde os meus 12 anos, por ai. Lembro do primeiro LP (na época) que comprei lá, quando a loja ainda era na José do Patrocínio. Foi o segundo disco dos Mutantes, quando a Baratos Afins (outra loja tri de discos, de São Paulo – vou falar dela na próxima coluna) relançou os 5 primeiros discos da banda, em 1987 (Isso façam as contas para ver que idade tenho, se não tiverem mais o que fazer da vida). Comprei num dia este disco e no dia seguinte voltei à loja para comprar o primeiro disco dos Mutantes. Ai virou mania, ir a Porto Alegre pelo menos uma vez por mês comprar discos. Lembro de passar na Technics, que era numa galeria que não sei o nome, na rua Marechal Floriano, passava numa outra loja no caminho e ia para a José do Patrocínio, visitar o Getulio e comprar algo legal. E sempre tinha. O dinheiro nunca dava para comprar tudo de legal que tinha na loja. Parecia criança. Aliás eu era criança na época, estamos falando de quando tinha 12 anos de idade (isso façam as contas, façam…). Desde esta época vou ao Getulio com freqüência, tanto como cliente quanto como fornecedor dos meus CDs solo ou discos de bandas que produzi. Lá se vão 20 anos mais ou menos. Definitivamente o “professor” Getulio é o cara que conheço há mais tempo no “mundo da música”.

Outra loja que conheço, esta há 15 anos, que é a idade da loja, é a Jam sons raros, de Novo Hamburgo. Outros caras que tão sempre de bom humor, o Pereto, o Becker (que inventou a coisa que mais me impressionou nos últimos anos, o “fabricóscopo”, uma espécie de horóscopo que lida com datas de fabricação dos produtos, genial!) e o Pavi (ta certo o nome dele?). Nossa, acredito que fui um dos primeiros clientes da loja, pois trabalhava (isso faz muito tempo…) numa loja de instrumentos perto e usava meu horário de almoço e a maior parte do meu salário na loja deles. Puxa, não lembro qual foi o primeiro CD (notem a transição) que comprei lá.  Nem idéia. Mas comprei muita coisa, de Genesis a Hank Williams (acho que sou um dos poucos no mundo que gostam tanto de Genesis quanto de Hank Williams). Muita coisa mesmo.

Sempre que venho ao RS, dou um jeito de tirar uma tarde para ir nestas duas lojas que tanto foram importantes para mim. Para comprar, vender os CDs do meu selo e jogar conversa fora, falar e ouvir bobagens. Acho que a vida sem isso não teria tanta graça! Um brinde a estas figuras quixotescas que insistem, em tempos de download, mp3 e esta baboseira toda, em manter suas lojas firme e fortes!

E até a próxima coluna. Parem de fazer as contas para saber qual minha idade, porra!
(esta coluna foi escrita ouvindo o disco In the flat field, 1980, do Bauhaus)

* Astronauta Pingüim é musico e produtor fonográfico. Mora em São Paulo desde 2005 e tem dois CDs solo lançados, “Petiscos: sabor churrasco” (Pineapple Music, 2004) e “Supersexxxysounds” (Pineapple Music, 2008)

Coluna Número 6

COLUNA DO PINGUIM
Astronauta Pingüim*

E ai, como estão vocês? Tudo massa?

Sexta coluna, hein Marcio, achou que eu iria desistir na primeira? Vamos lá. Hoje o papo aqui é sobre uma das bandas de “rock gaúcho” (detesto este termo) que eu acho das mais legais: Comunidade Ninjitsu. Nem pesquisei quantos discos os caras tem nem nada para a coluna então vou escrever só o que eu sei deles. Sei que a banda é do caralho. Não sei por que todos ficam impressionados quando digo que para mim, das bandas gaúchas, gosto quase que somente do Jimi Joe, do Júpiter Maçã e da Comunidade Ninjitsu. Acham que por eu usar meus instrumentos velhos tenho que gostar desta bobagem jovem-guardista que rola por ai. Jovem Guarda é legal, mas Roberto Carlos e Erasmo Carlos e para por ai, o resto não se compara. Quem dirá Jovem Guarda tocada hoje em dia.

Bom, voltando a Comunidade. Conheci a banda bem no inicio, num programa da radio Unisinos no qual que era operador de áudio, bem no inicio. Quer dizer nem tão no inicio assim, o Mano Sonho já tinha saído da banda, no programa mesmo só foram o Mano Changes, o Fred, o Fernando e, acho, o Pancho. Foi muito tri, a espontaneidade da banda, o carisma dos caras e as musicas debiloides logo agradaram a mim e, um tempo depois, a todo um Rio Grande carente de musica com pitadas de bom humor, sem cair na palhaçada gratuita.

Fiquei muito feliz de ver outro dia, uma matéria sobre o Fred, já sob a alcunha de DJ Chernobyl, fazer tours pelo mundo afora. Po, o cara sabe realmente como fazer aquele tipo de som que, até porque ele faz isso já faz uma 15 anos, acredito! E o Diogo, Mano Changes como deputado estadual, que tri. O melhor é que o cara é integro mesmo, não é tipo uns abobados que se elegem somente por serem conhecidos e depois não se mexem para fazer nada. O Diogo ta lá por que merece. E o Pancho na Ipanema, segundo ele, o que ele procurava, trabalhar em radio. Tri! Pena que ele saiu da banda. O Fernando não sei o que ta fazendo, mas deve ser algo legal, paralelamente a banda. Como disse, não iria nem vou pesquisar nada para escrever, só o que eu sei.

Bom, isso, já puxei o saco da Comunidade demais por aqui. Até a próxima!

(Esta coluna foi escrita ouvindo o disco White Rock, de Rick Wakeman, 1976)

* Astronauta Pingüim é musico e produtor fonográfico. Mora em São Paulo desde 2005 e tem dois CDs solo lançados, “Petiscos: sabor churrasco” (Pineapple Music, 2004) e “Supersexxxysounds” (Pineapple Music, 2008).

Coluna Número 5

COLUNA DO PINGUIM
Astronauta Pingüim*

E ai, tudo ok?

Pois bem, vamos lá. Hoje vou falar de um cara que é uma referencia para mim, não apenas como ótimo e original musico que, mas também pela pessoa foda que é: o Jimi Joe.

Não é segredo para ninguém, todos sabem o quanto admiro o cara! Tive a oportunidade de conhecer o Jimi lá por 1997, creio, mas já o conhecia através dos seus textos na extinta revista Bizz, onde ele escreveu por muitos anos. Pois então, conheci o Jimi num dos primeiros ensaios da formação na qual ambos participamos da banda Acreticice me atray. Acredito que ficamos amigos na hora, mesmo que ele tenha achado que eu era um retardado completo. Pelo menos eu, a partir daquele primeiro momento, permiti que o Jimi participasse da minha vida e pelo que lembro nunca tivemos um desentendimento. Com o tempo, depois do final turbulento d´Acretinice, eu e o Jimi montamos um show, em dupla ou com o Sergio Bolada, algumas vezes na bateria, e este foi o embrião de uma disco que fizemos depois que me da muito orgulho e sempre dara, o primeiro e até agora único disco solo do Jimi, “Saudade do Futuro”.

No inicio o Jimi não queria fazer um disco, sei lá por que, mas o convenci a gravarmos um single da musica “Mal Crônico”. Depois de algumas visitas a casa dele, o convenci do disco inteiro. Começamos a gravar em São Leopoldo, no estúdio Plus, perto da casa dos meus pais e acabei finalizando o disco em São Paulo, já que no meio do processo de gravação, me mudei definitivamente para lá. Lá mixei o disco no Estúdio Submarino. A Carol Becker fez a capa e mandei o CD para a fabrica. Lá pelo dia 20 de julho de a005 o CD chegou à minha casa. Que felicidade, o primeiro disco de um dos meus ídolos tinha produção minha!

Acredito que até este momento o Jimi nem imaginava o quanto o CD dele abriu portas para mim. Não só pelo fato de ser o primeiro CD inteiramente produzido por mim, mas foi este disco que fez bandas como o Daniel Belleza e os corações em Fúria e a banda Revoltz me contratarem como produtor dos seus respectivos discos. Também através de ter lançado o Jimi pelo meu selo, estreitei muito meus contatos com a imprensa do centro do país, o que me ajudou muito na minha carreira solo inclusive.

Então, por tudo isso, só me resta agradecer ao meu grande mestre: Obrigado, velho Jimi Joe!

(esta coluna foi escrita ouvindo o disco Everything you always wanted to hear on the moog, de Kadzin & Sheppard, 1971)

* Astronauta Pingüim é musico e produtor fonográfico. Mora em São Paulo desde 2005 e tem dois CDs solo lançados, “Petiscos: sabor churrasco” (Pineapple Music, 2004) e “Supersexxxysounds” (Pineapple Music, 2008) e adepto da escrita automática, outro dia falo sobre isso, se alguém me perguntar.

Coluna Número 4

COLUNA DO PINGUIM

Astronauta Pingüim*

E ai, tudo certo?

Chegamos a nossa coluna numero 4 então. O rei magro disse que achava que eu iria desistir de escrever e que eu estava empatado com o Jimi Joe em numero de colunas prometidas e não cumpridas, mas to aqui, desempatei com o velho, escrevi a quarta já…

Pois bem, vamos la então… Hoje vou fazer uma coisa que, se não for inédita pelo menos é inusitada: escrever sobre um show que toquei. O show é o do Júpiter segunda-feira passada, dia 18 de maio, no Opinião. Bom, para quem não foi, perdeu um showzão, porque tava muito tri. Apesar da chuva que rolou no dia, as 22 horas mais ou menos, bem no horário das pessoas saírem das suas casas, o Opinião estava bem cheio. O Jupiter tem muito publico no Brasil inteiro, mas em Porto Alegre é muita gente! Muita menina bonita gosta das musicas dele. Bem mais que do Wander, por exemplo, onde a maioria do publico é de homens feiosos, ne…

Bom, de volta ao assunto principal que é qual mesmo? Ah, o show do Júpiter. Vamos la… Chegamos no Opinião a meia noite e quarenta mais ou menos, o Júpiter não gosta de ir pro local muito antes do show e isso é plenamente compreensível, já que tem uma galera que gosta de ir encher o saco dele no camarim antes E depois do show… Então, chegamos e praticamente começou o show. A banda de abertura já tinha tocado e já estava fora do palco e tudo. O publico estava só esperando o show do Júpiter começar.

Começamos e, para variar, na primeira musica já me perguntei: por que a gente passa o som a tarde, perde tempo, se a hora que for tocar o operador de som sempre mudou alguma coisa? Sempre acontece isso…Mas começamos com “Querida Superhist”, musica que, pelo que me lembro, nunca tinha tocado antes desta nova fase na qual estou tocando com o Júpiter. Obvio que mudamos o arranjo, fizemos ela bem diferente do original, o que aconteceu com todas as musicas. Tenho uma teoria sobre a musica em disco e a musica em show e acho que o Júpiter também pensa assim, nunca perguntei para ele, mas acho. A musica gravada tem que ter vários elementos no arranjo varias cores diferentes enquanto ao vivo tem que ser executada por uma banda e não por lap tops com base pré-gravada. Nunca usamos e creio que nunca usaremos este recurso, mas esta posição faz com que a musica fique diferente, o que desagrada certos xiitas, e esquerda do rock. Se querem ouvir a musica original, ouçam no CD player! Show é show, disco é disco.

Voltando ao show, depois tocamos varias outras que não lembro a ordem, mas teve até uma musica nova muito tri do Júpiter que se chama “Rio de Janeiro” sei la o que mais…

Muito legal, assim como as outras musicas novas que estamos arranjando para o CD novo dele… Em breve estaremos tocando mais alguma… E é isso. Pois é nem falei muito do show, mas é isso. Quem quiser saber mais que pergunte para algum amigo que foi!

Ahh, teve mais uma coisa legal sim. Depois do show, eu e o Dustan, ao invés de irmos pro hotel como fez o restante da banda, fomos no Van Gogh beber algumas. Isto tava tri!

Feito, era isso? Então ta, até a próxima coluna.

(esta coluna foi escrita ouvindo o disco Everything you always wanted to hear on the Moog, de Shepard-Kadzin, 1971)

* Astronauta Pingüim é musico e produtor fonográfico. Mora em São Paulo desde 2005 e tem dois CDs solo lançados, “Petiscos: sabor churrasco” (Pineapple Music, 2004) e “Supersexxxysounds” (Pineapple Music, 2008) e adepto da escrita automática, outro dia falo sobre isso, se alguém me perguntar.

Coluna Número 3

COLUNA DO PINGUIM
Astronauta Pingüim*

E ai, tudo numas?

Falar hoje de bandas de amigos meus que são legais, que vale a pena vocês procurarem no myspace (não vou dar o endereço nem nada, procurem la que é mais divertido, a gente sempre acaba achando mais do que procura la…) ou algum tipo de site, se algum dos caras das bandas que eu citar for idiota o suficiente para não ter myspace ainda.

Então, olha só. Primeiro de tudo vale a pena vocês ouvirem o Daniel Belleza. Não ele mesmo, por que ali não tem nada de interessante para dizer, mas as musicas. Os caras tão no segundo disco – Daniel Belleza e os corações em fúria, produzido por mim – e tem uma carreira de uns 6 anos já. É muito bom. Para quem gosta, ne…

Revoltz eu não vou falar, até por que se o Ricardo Kudla ler este meu texto vai querer “me ensinar como se escreve um bom texto”. Ele que va lamber sabão!

Tem uma banda de Londrina que é a minha banda favorita no momento: Trilobit. Os caras tão lançando o primeiro CD que é muito legal! Vale a pena perder uns 40 minutos ouvindo, por que é muito legal mesmo. E além de tudo olha só, o baixista é um macaco – um homem fantasiado, dãããã – o  General sei la o que, o baterista é uma figuraça que se Chama Animau Gonzáles e o guitarrista usa apenas duas cordas na guitarra e é um débil mental completo. Fã da catifunda para vocês terem uma idéia. Já por isso tudo vale a pena.

Outra banda que vale a pena vocês conhecerem é o Macaco Bong, de Cuiabá. O som dos caras é instrumental de primeira, os caras são gente boa, o guitarrista é um autentico guitar hero, tipo meio Hendrix assim, o baterista debulha tocando – pensaram que eu ia dizer que ele debulha milho? – e o baixista, além de ótimo musico, ainda é meio que um faz tudo da banda, pelo que entendi, se é que entendi. Os caras lançaram o primeiro disco pelo selo Monstro em parceria com a Trama Virtual e a Cubo discos, gravadora que é uma espécie. Uma espécie, não, É um  coletivo organizadíssimo de Cuiabá. Os caras tem até moeda própria, o Cubo card, que já deu o que falar. Outro dia conto varias historias SEM o devido credito dos personagens, sobre umas bizarrices que aconteceram no Festival Calango do ano passado por causa dos Cubo Cards, hahahahaha

Bom, isso ta bom, três bandas ta de bom tamanho por hoje. To cansado de escrever. Ahhh, tem eu também, to com meu CD novo e to no myspace com um monte de visitas, olhem la! E com os japas gostando bastante! O meu myspace eu do: www.myspace.com/astronautapinguim

(esta coluna foi escrita ouvindo o disco Popcorn, 1972, do Hot Butter – de novo, não foi erro por causa do control c control v, não)

* Astronauta Pingüim é musico e produtor fonográfico. Mora em São Paulo desde 2005 e tem dois CDs solo lançados, “Petiscos: sabor churrasco” (Pineapple Music, 2004) e “Supersexxxysounds” (Pineapple Music, 2008) e adepto da escrita automática, outro dia falo sobre isso, se alguém me perguntar.

Coluna Número 2

COLUNA DO PINGUIM

Astronauta Pingüim*

E ai, como estão vocês? Tudo tri?

Olha só, aproveitando a passagem da tia Elton John pelo BraZil, vou falar um pouco dele. Não fui no show, perdi por estar de férias no RS, mas beleza, falo sobre a carreira deste que é um dos caras cujas composições estão entre as que mais gosto. O cara é foda! Toca piano bem pra burro, canta para caramba, compõe musicas muito tri e ainda se associou a um dos melhores letristas (e durante muitos anos seu “marido”) da historia da humanidade, Bernie Taupin.

Lembro da primeira vez que ouvi Elton John na minha vida. A musica era Goodbye Yellow Brick Road, do disco de 1973 – obvio que não ouvi na época! – de mesmo nome. Nossa, foi foda. Começa com uma sequencia de acordes que já vale a musica e ai entra a voz do cara, cantando uma letra que faz referencia ao filme O mágico de Oz (a estrada de pedras amarelas do titulo, ora). Ai entra o pre-refrão – seja la o que for isso – , nossa, arrebatador. MAS ainda tem o refrão. É uma das musicas mais foda do mundo, ouçam la se não conhecem ainda. Eu e a Tina Brosn, minha amiga daqui de SP, esposa do Rubens quase sempre cantamos esta, bêbados pra caralho, em alguma mesa de bar. Alias temos apelidos proprios para a ocasião: AstronELTON Pinguim & ELTina Brown, hahahaha

E ai, foi ne… Corri atrás dos discos para conhecer mais e a cada disco novo – para mim – que arrumava dele, mais coisa tri achava. Rocket Man (eu toco em alguns shows), Daniel, Your Song e até mesmo as mais recentes e melosas Nikita e Sacrifice, mas um dos últimos discos que descobri dele foi Captain Fantastic & the Brown Dirty Cowboy. Este é o melhor! O disco todo é de matar. Ouçam la e confiram. Tem uma musica chamada Better off dead que podia constar em qualquer disco do Queen, tamanho a grandiosidade do arranjo de vozes! Muito tri! Tem também uma chamada Curtains que tem um final muito foda! Pó o cara é o cara, mesmo com aquele cabelinho ridículo… que é implante capilar, olha as fotos antigas dele, hahahahaha

Ah, lembrei de uma, pros fãs chatos do The Who (o banda para ter fã chato, hein, a banda é legal, mas os fãs, nossa que povo chato. Chato e feio) ele atuou no Tommy e gravou uma versão – mais tri que a original – de Pinball Wizard!

Então é isso ai, já puxei bastante o saco da tia velha Elton John, vou nessa.

Deixo para vocês a discografia completa do homem aqui, ok?

Comprem, emprestem ou roubem que vale a pena, principalmente – para variar – os primeiros discos, ta?

Ah, quer saber, não vou deixar nada aqui. Tão na internet mesmo, procurem no google que tenho mais o que fazer.

Abraço e fui…

(esta coluna foi escrita ouvindo o disco Popcorn, 1972, do Hot Butter)

* Astronauta Pingüim é musico e produtor fonográfico. Mora em São Paulo desde 2005 e tem dois CDs solo lançados, “Petiscos: sabor churrasco” (Pineapple Music, 2004) e “Supersexxxysounds” (Pineapple Music, 2008)

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